Procurado, certa vez, por um mendigo verificou o Rabi Schmelke que não dispunha de dinheiro algum para dar esmola. Esquadrinhando as gavetas da esposa, encontrou no fundo da caixa de costuras um anel e deu-o ao pobre. Ao regressar à casa, a mulher viu a gaveta aberta, a caixa revolvida e dando pela falta do anel desatou a gritar. O marido explicou-lhe o que ocorrera, e ela intimou-o a correr no encalço do mendigo, e retomar quanto antes o anel que fora dado. Tratava-se de uma joia que valia cinquenta táleres. Que absurdo! Entregar a um mendicante desconhecido uma peça tão preciosa, uma joia de família.
O "zaddik" ao ouvir aquilo, saiu de arremesso, correndo pela rua afora, e alcançando o mendigo, advertiu-o ofegante:
- Acabo de saber que o anel que de mim há pouco recebeste vale cinquenta táleres. Não consintas, portanto, que te deem por ele quantia abaixo de seu verdadeiro valor.
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NOTA: Este singular episódio é citado por Elien J. Fimbert no artigo "Recits hassidiques" do livro "Aspets du Génie d'Israel" Paris, 1950, pagina 83. Veja também: "Doutrina e Histórias hassídicas", em Lewis Browne, ob. cit. página 494.
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